quarta-feira, dezembro 30, 2009
terça-feira, dezembro 29, 2009
segunda-feira, dezembro 28, 2009
quinta-feira, dezembro 17, 2009
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Não basta ser Ferrari,...
Nada militar, mas uma guerra de egos: quem constrói o maior prédio, quem tem o maior jato, quem consegue o carro mais exótico...
Aliás, no quesito carros é algo impressionante, a bola da vez é uma Ferrari F599 GTB Fiorano, banhada a ouro.
Lindíssima !
sábado, novembro 28, 2009
Férias 2009 - USA
sexta-feira, novembro 27, 2009
sábado, novembro 21, 2009
Grande Homem
Texto - Max Gehringer
Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. Figuras sem um Vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul. Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim. Já o Raul, nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'. E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo. Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.
Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer. Foi quando, num evento em São Paulo , eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul. E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:... ele entendia de gente. Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: 'Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo'. Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio. Essa era a principal competência dele.
' Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes.'
segunda-feira, novembro 09, 2009
quinta-feira, novembro 05, 2009
quarta-feira, novembro 04, 2009
quinta-feira, outubro 29, 2009
segunda-feira, outubro 26, 2009
Poesia Matemática
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
Millôr Fernandes
Dica da vida
quarta-feira, outubro 21, 2009
terça-feira, outubro 13, 2009
Gatos que convivem com cães quase sempre dão as cartas
Gatos que convivem com cães quase sempre dão as cartas
DAYA LIMA
da Revista da Folha
Esqueça aquela velha história de inimigos mortais. Diferentemente do que retratam filmes e desenhos animados, cães e gatos costumam conviver em harmonia e, pasmem, a soberania é quase sempre felina.
"Os gatos são mais territoriais e, por isso, têm fama de durões", explica a veterinária especializada em felinos Graziela Maria Vieira. "Já os cachorros são mais sociais e administram bem um animal de espécie diferente no mesmo espaço."
Na casa do estudante Silvio Crisostomo e da supervisora Lela Santos, ambos 36, quem realmente manda é Atina. Aos três anos, a gata SRD (sem raça definida) faz do labrador Geremias, 7, um verdadeiro capacho.
Newton Santos/Folha Imagem |
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Atina "adotou" Geremias; aos três anos, a gata SRD (sem raça definida) faz do labrador de sete anos um verdadeiro capacho |
"Ela chegou para salvar Gerê de uma depressão profunda. Ele ficava muito sozinho e, segundo o veterinário, precisava de uma companhia", conta Silvio. Como a casa não comportava outro animal do mesmo tamanho, fizeram o teste com a gata, e deu certo.
Atina, que durante a reportagem brigava com o cão ao vê-lo receber afagos, captou a mensagem. "Ela adotou o cachorro a ponto de sentir ciúme dele", diz Lela. "Se brigamos com Gerê por causa de alguma travessura, ela fica ao seu lado e nos ignora."
Veterinário e professor de psicobiologia da PUC-SP, Mauro Lantzman faz um alerta sobre esses palpites, que interpretam como ciúme alguns comportamentos. "Quando bichos e humanos dividem o mesmo teto, algumas respostas a estímulos podem ser confundidos com personalidade."
Dona de dois cachorros e três gatos, a veterinária Fernanda Lorenzo, 25, comprovou a superioridade dos felinos. "Já tinha os cachorros quando os gatos vieram. Em questão de dias, os bichanos mostraram seus traços dominantes", afirma.
Na relação entre a gata Olívia e o cão IG, ambos sem raça definida, é ela quem dá as cartas. "Ele chega a chorar quando Olívia impede seu caminho." Já no caso da outra gata da família, a vira-lata Julieta, 4, a história muda um pouco, e ela costuma se adaptar ao comportamento dos cães. Se eles estão à beira da mesa pedindo comida, lá está ela fazendo o mesmo.
Sinal de que os gatos não são dominantes sempre. "Isso depende do ambiente social em que vivem e do temperamento do cachorro", frisa o veterinário Lantzman.
Petr Josek /Reuters |
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