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quinta-feira, outubro 29, 2009

segunda-feira, outubro 26, 2009

Poesia Matemática

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.

Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.

"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde a almas irmãs)
primos entre si.

E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.

Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.

E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.

Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

Millôr Fernandes

Dica da vida

É sempre bom ser legal com as pessoas, porque......



as coisas mudam ao longo do tempo!!!

"Nunca desvalorize ninguém... Guarde cada pessoa perto do seu coração, porque um dia você pode acordar e perceber que perdeu um diamante enquanto estava muito ocupado colecionando pedras."

quarta-feira, outubro 21, 2009

terça-feira, outubro 13, 2009

Taubaté - Curitiba - Taubaté


Gatos que convivem com cães quase sempre dão as cartas

2/10/2009 - 11h31

Gatos que convivem com cães quase sempre dão as cartas

DAYA LIMA
da Revista da Folha

Esqueça aquela velha história de inimigos mortais. Diferentemente do que retratam filmes e desenhos animados, cães e gatos costumam conviver em harmonia e, pasmem, a soberania é quase sempre felina.

"Os gatos são mais territoriais e, por isso, têm fama de durões", explica a veterinária especializada em felinos Graziela Maria Vieira. "Já os cachorros são mais sociais e administram bem um animal de espécie diferente no mesmo espaço."

Na casa do estudante Silvio Crisostomo e da supervisora Lela Santos, ambos 36, quem realmente manda é Atina. Aos três anos, a gata SRD (sem raça definida) faz do labrador Geremias, 7, um verdadeiro capacho.

Newton Santos/Folha Imagem
Atina "adotou" Geremias; aos três anos, a gata SRD (sem raça definida) faz do labrador de sete anos um verdadeiro capacho
Atina "adotou" Geremias; aos três anos, a gata SRD (sem raça definida) faz do labrador de sete anos um verdadeiro capacho

"Ela chegou para salvar Gerê de uma depressão profunda. Ele ficava muito sozinho e, segundo o veterinário, precisava de uma companhia", conta Silvio. Como a casa não comportava outro animal do mesmo tamanho, fizeram o teste com a gata, e deu certo.

Atina, que durante a reportagem brigava com o cão ao vê-lo receber afagos, captou a mensagem. "Ela adotou o cachorro a ponto de sentir ciúme dele", diz Lela. "Se brigamos com Gerê por causa de alguma travessura, ela fica ao seu lado e nos ignora."

Veterinário e professor de psicobiologia da PUC-SP, Mauro Lantzman faz um alerta sobre esses palpites, que interpretam como ciúme alguns comportamentos. "Quando bichos e humanos dividem o mesmo teto, algumas respostas a estímulos podem ser confundidos com personalidade."

Dona de dois cachorros e três gatos, a veterinária Fernanda Lorenzo, 25, comprovou a superioridade dos felinos. "Já tinha os cachorros quando os gatos vieram. Em questão de dias, os bichanos mostraram seus traços dominantes", afirma.

Na relação entre a gata Olívia e o cão IG, ambos sem raça definida, é ela quem dá as cartas. "Ele chega a chorar quando Olívia impede seu caminho." Já no caso da outra gata da família, a vira-lata Julieta, 4, a história muda um pouco, e ela costuma se adaptar ao comportamento dos cães. Se eles estão à beira da mesa pedindo comida, lá está ela fazendo o mesmo.

Sinal de que os gatos não são dominantes sempre. "Isso depende do ambiente social em que vivem e do temperamento do cachorro", frisa o veterinário Lantzman.

Petr Josek /Reuters
Leia também na *Folha Online*: Feira mundial reúne milhares de cachorros de diversas raças e países na capital da Eslováquia


segunda-feira, outubro 12, 2009

domingo, outubro 04, 2009